Conhecer seu perfil pode evitar conflitos e melhorar a convivência: Analista comportamental ensina a reconhecer cada tipo

Conhecer seu perfil pode evitar conflitos e melhorar a convivência: Analista comportamental ensina a reconhecer cada tipo

Por Tamyra Pinheiro

O período de isolamento social em Palmas já passa de dois meses e nesse tempo muitas pessoas tiveram que se adaptar ao home office, conciliando o trabalho e os cuidados com os filhos que estão sem ir à escola, entre outras situações que fugiram da rotina.

Com este novo momento, as incertezas, o medo e a ansiedade, fazem com que cada indivíduo reaja de maneira diferente e é ai que surgem os conflitos de convivência diante do confinamento.

Evitar ou solucionar esses conflitos pode ser uma tarefa difícil, mas de acordo com o Analista Comportamental e Master Coach, Gleib Rezende, esse processo pode se tornar mais fácil se as pessoas conhecerem mais a si mesmo e as demais com quem convivem.

Segundo Gleib, existem quatro tipos de perfil comportamental pelo sistema Profiler: Analista, Executor, Planejador e Comunicador. “Todos nós temos um pouco de cada perfil, mas cada pessoa tem um perfil predominante ou até mesmo mais de um”, diz ele, explicando um pouco sobre cada um dos perfis.

O perfil Analista é controlador, cheio de regras, não gosta de mudanças, é conservador e muito organizado. A palavra de ordem dele é fazer o perfeito sempre.

Executor é aquela pessoa prática, não gosta perder tempo principalmente com o planejar, gosta de desafios, altamente competitivo, focado em resultados mesmo que para isso seja necessário pegar alguns atalhos, nesse caso vale a frase, “antes feito do que perfeito”.

Planejador é um perfil mais paciente, tranquilo, tem uma visão a longo prazo, consegue planejar bem, se relaciona bem com muitas pessoas, porém é seletivo nas amizades e evita todos os tipos de conflitos.

E o último perfil é o Comunicador que é expressivo, está sempre conversando, é influenciador, tem muitas amizades, mas também se sente solitário, seu foco maior é o prazer acima dos resultados. Este é um perfil é considerado o perfil mais emocional de todos, bom contador de história e geralmente é o centro das atenções.

Os conflitos geralmente surgem quando pessoas com perfis predominantes com características ambíguas passam a conviver juntas. “Imagine um filho que é mais comunicador e outro que é mais analista. O comunicador é emoção e o analista é razão. O primeiro gosta de falar, tem tendência ser mais prolixo, gosta de contato, precisa sentir e viver. O segundo sempre pensando, refletindo, calculando riscos, mais introspectivo e racional, geralmente de pouca conversa e padrões lógicos na tomada de decisão. Em algum momento de estresses isso vai gerar um conflito. Entre um casal, se uma das partes é mais executora e a outra mais comunicadora, possivelmente um vai cobrar mais de carinho, conversas, mais atenção como também doar mais o que ela acredita e oferece. Poderá não se sentir amada ou valorizada e até reclame que a outra parte não sabe conversar direito, que é estupido, grosso, truculento. Sendo que em muitas das vezes o perfil da outra parte é de uma pessoa direta, que fala de qualquer jeito e por vezes acaba magoando sem ter consciência do que está fazendo. Apenas é uma pessoa prática, de mais ação e decisões rápidas, que não gosta de perder tempo com conversas que não sejas produtivas em sua forma de pensar, que é diferente e que não consegue enxergar diferente intuitivamente”, segundo Gleib esse é um motivo de muitas reclamações entre casais.

Gleib Rezende é Analista Comportamental e Master Coach.

Quando não entendemos que o perfil comportamental do outro é diferente o conflito é certo entrando em uma guerra de argumentos e sofrimento. Mas quando passamos a entender como cada pessoa age, é possível não sofrer tanto com esses conflitos e até ser mais assertivo nas conversas.

Mas o conflito pode ser do indivíduo consigo mesmo, “Nesse momento de pandemia o analista sofre pela incerteza do que pode acontecer, o novo cenário; o executor por ser uma pessoa de ação e se sentir presa e sem conseguir produzir, ver resultados; o comunicador por gostar de contato, de pessoas, de conversar está sofrendo com o isolamento; e o planejador com a insegurança e o bombardeio de informações que está recebendo e sem ter a certeza do caminho a seguir”.

Para descobrir o perfil comportamental é preciso fazer um teste que vai apontar o resultado. Existem alguns gratuitos e outros pagos que são indicados a partir dos 14 anos de idade.

“A partir do momento que conhecemos o nosso perfil comportamental e reconhecemos o do outro, passamos a respeitar mais o próximo e ter relações muito melhores. Não da para desprezar o que nós temos, querendo mudar a si mesmo ou mudar o outro. É preciso aceitar e potencializar o lado positivo de cada perfil, pois cada um tem algo importante a contrapor e complementar o outro”, diz Gleib. 

Redação