Jornalista apresenta Livro-Reportagem com histórias sobre comércio ambulante de Palmas

Jornalista apresenta Livro-Reportagem com histórias sobre comércio ambulante de Palmas

Por Maria do Carmo Ribeiro, estudante de Jornalismo
O jovem Diogo Paz, recém-formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins, tem como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) um Livro-Reportagem com histórias sobre o comércio ambulante de Palmas e se diz realizado por tudo o que conheceu e apresentou como produto do seu curso.


“Sei que os jornalistas não são personagens, não podem se envolver demais no que fazem e que nunca podem perder o foco principal, mas entendo que pessoas mais simples são as que fazem a notícia. Me afeiçoar a elas, sempre foi meu combustível de vida e de trabalho e foi nesse projeto que me tornei mais ciente dessa realidade”, disse Diogo.


Produzir um Livro-reportagem sobre histórias de pessoas que nunca desistiram de lutar, ao contrário, sempre acreditaram na capacidade de conquistar novos espaços, assumir novas funções e ao mesmo tempo, ajudar na construção de Palmas é de fato uma grande realização. Assim é o que se entende sobre a grandeza do TCC do mais novo jornalista da UFT, Palmas.


A história retratada no Livro descreve sobre a realidade das trabalhadoras e trabalhadores do Camelódromo de Palmas, que estão sempre na luta por melhores condições de trabalho e, consequentemente, de vida e com isso, contribuindo no desenvolvimento da mais nova Capital do Brasil, com foco no melhor para suas famílias e para outras famílias palmenses.


Segundo Diogo “ao descrever os fatos históricos do Camelódromo de Palmas a gente passa a conhecer mais sobre a grandeza das pessoas, a capacidade que elas têm em se organizar em busca de melhores condições de trabalho que lhe deem melhores estilos de vida, aí vemos de perto a luta delas também por cada colega e, com tudo isso, se aprende mais sobre solidariedade, ajuda mútua e a gente sente um orgulho danado de poder fazer um trabalho desse e ainda tendo a chance de aprender com elas, nos deixa mais encorajados para a luta do dia a dia”, disse o mais novo jornalista.


Quem é Diogo Paz

Diogo nasceu em Paraíso do Tocantins e foi criado na cidade de Marianópolis, um dos Municípios tocantinenses de aproximadamente 5 mil habitantes e que fica a 160 km de Palmas. Morando em Palmas desde 2013 e, como um tocantinense nato e do “pé-rachado”, como assim ele diz, gosta muito desse Estado e até mesmo do calorzão que aquece a alma.


Filho de Walmira Leite Paz e José Enoé Oliveira da Costa, Diogo disse que sempre amou morar em fazenda, mas depois que conheceu a loucura da vida urbana, passou a gostar e atualmente, só volta à fazenda para passear e rever a família.
“Eu sempre agradeço a minha mãe, Walmira Leite Paz, por ser uma mulher forte, inspiradora e, por sempre me apoiar, mesmo nos momentos em que o mundo estava desabando nas nossas costas, ela sempre esteve ao meu lado e me ensinou a enxergar o outro”, declarou Diogo.


Uma parte da sua história que o emociona é quando lembra do irmão que morreu aos 14 anos, Diogo lembra com pesar “perdi meu irmão, quando eu tinha 11 anos de idade e foi a partir daí que percebi o quanto a vida é rápida e o quanto eu precisava viver meus sonhos HOJE, pois o amanhã é incerto” disse ele, lamentando a perda precoce do irmão.


Uma paixão permanente

Uma paixão que curte nas suas horas vagas é assistir séries e outra mania especial é ler livros-reportagem “é algo que descobri na faculdade, que enriquece a gente”. Ele disse ainda que sua primeira opção era o curso de Letras, mas decidiu arriscar em uma área equivalente e ele explica “entrei no curso em 2016 e logo fui arrebatado pelo amor ao Jornalismo. E, desde então, me apaixonei cada dia mais, por inúmeras áreas que o curso oferece”.


Sobre a UFT e o que significa

Para o jornalista, “a UFT é um marco enorme na minha vida. Desde o primeiro período quando aprendi a enxergar além do meu nariz com as teorias do jornalismo (Gatekeeper, Mc. Luhan, Agulha Hipodérmica), até o último em que fiz um livro-reportagem para ecoar a voz de pessoas invisibilizadas pela mídia e obtive nota máxima. Tive o primeiro estágio na Rádio UFT FM, como editor de audiovisual, onde aprendi mais sobre rádio, redação, edição, animação e outras ‘vivências’ jornalísticas”, explica, de forma muito emocionada.


A realidade pós-formação

Vindo de um estágio, passou a ser um dos mais novos contratados da Prefeitura de Palmas para trabalhar como videomaker na Secretaria de Comunicação. Segundo ele, “o momento agora é de jogar todo meu aprendizado obtido na Universidade Federal do Tocantins, mais precisamente no Caleidoscópio de Jornalismo, onde foi lá que escolhi o livro-reportagem “Posso te ajudar?” como uma etapa de conclusão de curso, pois, para mim, escrever e contar histórias de uma forma mais humanizada e literária sempre será o pilar de um bom jornalismo no Brasil”.


O Livro-reportagem

Como produto de um curso, produzir um Livro-reportagem compreende-se um momento importante, principalmente o jornalismo.
“Eu sempre gostei de falar com as pessoas, escrever histórias, conhecer diferentes trabalhos, para mim esse foi o meu maior prazer no curso, por isso, priorizava ficar na redação, elaborar roteiro, quando dava para sair e poder falar com as pessoas, eu ia porque sabia da importância desse aprendizado para o meu TCC”, esclareceu Diogo sobre a sua paixão pelo Jornalismo.


A apresentação do Trabalho aconteceu no dia 20 de setembro de 2021, pela Plataforma meet, com uma Banca formada pelo professor, Doutor Frederico Salomé, seu convidado especial, a professora avaliadora, Doutora Celene Fidelis e da sua Orientadora, a professora, Doutora Alice Agnes, além de colegas convidados para o brilhante momento da sua formatura em Jornalismo.

Redação