Natividade mantém tradição do Encontro das Folias com ato simbólico

Natividade mantém tradição do Encontro das Folias com ato simbólico

O município de Natividade, distante 220 km de Palmas, no Sudeste do Estado, tem mantido suas tradições mesmo com a pandemia, reinventado a forma de realizar suas celebrações religiosas. É o caso da edição 2021 da Festa do Divino, que seria marcada nesta quinta, 13, pela chegada e encontro das folias e também pela celebração do dia de Nossa Senhora de Fátima.

No lugar do festivo e colorido encontro de foliões, o “Redondo”, na Praça da Matriz será palco de uma manifestação de fé com a presença das três bandeiras do Divino, carregadas pelos alferes, às 17 horas. Seis foliões representarão as folias e farão o Canto de Encontro, o Canto no Cruzeiro e o Canto na Igreja, tudo monitorado para evitar aglomeração.

A Paróquia, por meio do padre Marquinélio Rodrigues Silva, e os festeiros enfatizam a necessidade de atendimento às medidas de prevenção à Covid-19, como uso de máscara e distanciamento.

Os festeiros deste ano são Ademilson Ferreira Costa (Imperador), Herika Simone Sales (Imperatriz), Felisberto Machado (Capitão do Mastro) e Jozineide Belém Machado (Rainha do Mastro).

O Triduo e a Festa do Divino Espírito Santo ocorrerão de 20 a 23 de maio, na Igreja Espírito Santo, no Setor Serrano, como momentos de oração e missas. A Vigília de Pentecostes será no sábado, 22, às 19 horas, e no domingo, 23, haverá Alvorada às 5 horas e a Missa Solene de Pentecostes, às 9 horas. A igreja receberá 50% de sua capacidade, com lugares marcados para garantir o distanciamento. Os festeiros estarão presentes, mas não haverá coroação. As missas serão transmitidas pelas redes sociais.

Momentos de fé

Nem todos sabem, mas uma Folia tem seu início no encerramento de outra Folia. Ao final da missa do Imperador é realizado um sorteio para definir o Imperador e o Capitão do Mastro (Festeiros do Divido) do ano seguinte. A partir deste momento os Festeiros começam a mobilização junto à comunidade, igreja, entidades públicas e privadas para a realização dos Festejos do Divino Espírito Santo. O trabalho inclui a definição das Folias que farão o giro. Em anos anteriores, as folias também visitavam outros municípios.

No decorrer do ano, são arregimentas e organizadas pelo Imperador e o Capitão as boleiras e licoreiras que serão responsáveis pela confecção dos bolos, biscoitos e licores tradicionais a serem consumidos durante o festejo, e mobilizados os despachantes, responsáveis pelas três folias nativitanas.

Pela tradição, no momento alterada, o Giro das Folias começa no Domingo de Páscoa e termina após 40 dias, com o Encontro das Folias. Dez dias depois ocorre a Festa do Capitão do Mastro e do Imperador do Divino.

Redação