Vistoria nas unidades de saúde das quadras 403, 405 e 508 norte revela falta de médicos, profissionais com sobrecarga de trabalho e estruturas precárias

Vistoria nas unidades de saúde das quadras 403, 405 e 508 norte revela falta de médicos, profissionais com sobrecarga de trabalho e estruturas precárias

O promotor de Justiça Thiago Ribeiro Franco Vilela, que possui atuação na área de defesa da saúde pública, realizou vistoria nas unidades básicas de saúde das quadras 403 Norte, 508 Norte e 405 Norte, em Palmas, nesta quarta-feira, 21, para conversar com as equipes, os pacientes e conferir a regularidade dos serviços.

Na Quadra 403 Norte, os servidores relataram sobrecarga dos serviços, uma vez que a equipe estaria desfalcada de um médico e dois técnicos de enfermagem e que a unidade tem por referência o atendimento a uma população de quase 4 mil habitantes. Segundo foi registrado na inspeção, os atendimentos estão sendo realizados por uma médica residente, situação que foi relatada à Secretaria de Saúde do Município, sem que o problema fosse solucionado. Também haveriam servidores com três férias vencidas, mas sem conseguir autorização para usufruí-las em razão da insuficiência de pessoal. Ainda no local, foram constatadas portas quebradas.

Na unidade da Quadra 508 Norte, a equipe relatou a necessidade de reforma e ampliação do prédio, que não estaria mais comportando a quantidade de pacientes. Isso porque a demanda teria aumentado de forma considerável desde a inauguração do local, que hoje estaria atendendo o dobro da sua capacidade. Como exemplo, relataram a falta de um local específico para a manipulação do lixo hospitalar, pois a sala destinada para esse serviço é pequena e divide espaço com a sala de enfermagem. A triagem de pacientes também estaria prejudicada, pelo espaço limitado da recepção.

Encerrando a inspeção, o promotor de Justiça se deslocou à Unidade Básica de Saúde da Quadra 405 Norte, onde a principal reclamação também se refere a melhorias na estrutura física, além da necessidade de limpeza na área externa do prédio, onde se acumulava muito lixo. Ainda foi relatado que o local onde o lixo hospitalar é acomodado encontra-se sem chave, o que pode vir a ocasionar acidentes.

As reclamações colhidas serão formalizadas em procedimento da 19ª Promotoria de Justiça da Capital, para as providências cabíveis. 

Redação