Com maior taxa para julho em 17 anos, ‘prévia’ da inflação mantém trajetória de alta

Com maior taxa para julho em 17 anos, ‘prévia’ da inflação mantém trajetória de alta

Energia, gás e combustíveis continuam aumentando, entre outros itens. Só a gasolina tem alta de 40% em um ano

inflação mantém sua tendência de alta no país. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,72% neste mês. Foi a maior taxa para julho desde 2004, segundo o IBGE. A chamada “prévia” da inflação oficial agora soma 4,88% no ano e 8,59% em 12 meses, com duas das regiões pesquisadas superando os dois dígitos.

Itens como energia elétrica, gás (de botijão e encanado) e combustíveis continuam subindo. Apenas a gasolina, por exemplo, variou 0,50% e acumula 40,32% em 12 meses.

Reajuste na bandeira vermelha

Sete dos nove grupos registraram alta em julho. Com taxa de 2,14%, Habitação representou impacto de 0,33 ponto percentual no índice geral. Em seguida, Transportes, com 1,07% e 0,22 ponto, respectivamente. Já o grupo Alimentação e Bebidas, que variou 0,49%, correspondeu a 0,10 ponto. Entre as quedas, Saúde e Cuidados Pessoais (-0,24%) contribuiu com -0,03 ponto.

De acordo com o IBGE, em Habitação o resultado foi novamente influenciado pela alta da energia, 4,79%. Apenas esse item representou 0,21 ponto no IPCA-15 de julho. Houve reajuste na bandeira tarifária vermelha e aumentos em São Paulo e Curitiba.

Gás continua subindo

Ainda nesse grupo, subiram os preços tanto do gás de botijão (3,89%) como do gás encanado (2,79%), este último com reajuste registrado em São Paulo. A taxa de água e esgoto teve aumento médio de 0,21%, após reajustes aplicados em Porto Alegre e Curitiba. Em Brasília, houve redução (-2,74%).

Já em Transportes, o preço médio das passagens aéreas, que haviam caído no mês anterior, subiram 5,63%. Com reajustes em Porto Alegre, também aumentou o custo do ônibus urbano (0,16%) e intermunicipal (0,15%). Outras altas foram apuradas nos itens veículos próprios (0,73%), motocicletas (1,93%), automóveis usados (1,26%) e automóveis novos (0,30%). Somados, corresponderam a 0,04 ponto percentual na taxa do mês.

Alimentação pesa mais

Além de todos esses itens, subiram ainda os custos com pneu (2,76%), seguro de veículos (1,95%) e conserto de automóvel (0,40%). Com aumentos em São Paulo e Curitiba, o pedágio teve alta de 2,44%. Os combustíveis subiram menos: 0,38%, em média, ante 3,69% no mês anterior.

A alimentação no domicílio foi de 0,15%, em junho, para 0,47%. O IBGE apurou altas do leite longa vida (4,09%), frango em pedaços (3,09%), carnes (1,74%) e pão francês. Caíram os preços da cebola (-15,94%), batata inglesa (-14,77%), frutas (-1,33%) e arroz (-1,14%). Fora do domicílio, tanto o lanche (0,55%) como a refeição (0,53%) subiram menos neste mês.

Todas as áreas têm alta

De acordo com o IBGE, a queda em Saúde e Cuidados Pessoais reflete o item plano de saúde, com -1,36% e impacto de 0,05 ponto. O outro grupo com queda em julho, quase estabilidade, foi Comunicação (-0,04%).

As 16 áreas pesquisadas tiveram alta. O índice mensal variou de 0,38% (Brasília) a 1,19% (Curitiba). Em 12 meses, a taxa vai de 7,23% (também Brasília) a 10,55% (Fortaleza). Também supera os dois dígitos em Curitiba (10,32%), enquanto na região metropolitana de São Paulo soma 7,88%.

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 10 de agosto.

Fonte: Cut

Redação