Cultura perde 600 mil empregos em 2020

Cultura perde 600 mil empregos em 2020

A cultura é o maior instrumento de reafirmação e preservação da identidade nacional de uma nação. Patrimônio da história do povo brasileiro, a área cultural nada representa para o governo Bolsonaro. Basta analisar o desmonte e o sucateamento de órgãos fundamentais do setor nos últimos anos, como a Fundação Nacional de Artes (Funarte) a Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), entre outros. Somados, o mais baixo nível de investimento federal no setor em 12 anos e os efeitos da pandemia resultaram na evaporação de 600 mil postos de trabalho na cultura em 2020, de acordo com o IBGE. Bem diferente dos governos do PT, que apostaram na valorização da cultura.

Segundo o IBGE, em 2020, ficaram sem ocupação o correspondente a 11,2% dos trabalhadores do setor. Em comparação, a perda foi de 8,7% em relação ao total da população empregada. O instituto detectou que, entre 2019 e 2020, as atividades ligadas à cultura mais prejudicadas foram moda, setor moveleiro, impressão e reprodução e atividades relacionadas a eventos, recreação e lazer. 

Por outro lado, organizadores de conferências e eventos, alfaiates, modistas, chapeleiros e peleteiros, marceneiros e afins, profissionais da publicidade e da comercialização também foram duramente atingidos.

Como o setor empregava muitos trabalhadores informais (cerca de 41,6% em 2020), o impacto foi maior entre os autônomos. “A pandemia destruiu mais postos de trabalho informais do que formais”, explica o analista da pesquisa Leonardo Athias, em depoimento à Agência IBGE ”.

“Apesar de um perfil com maior nível de instrução, houve mais trabalhadores em ocupações informais no setor cultural do que em todos os setores juntos. Em 2020, esse percentual foi de 41,2% dos ocupados no setor cultural e 38,8% dos ocupados em todos os setores”, apontou o pesquisador.

Redação