Reunião em Brasília valida abertura de conta garantia para organizações indígenas envolvidas no Projeto Ilha do Bananal+
Fotos: Micael Javaé
Por Val Rodrigues/Indtins
Reunião com o Banco do Brasil, nesta quinta-feira, 27, em Brasília (DF), validou documentos para a abertura de conta garantia na instituição para as organizações indígenas do Tocantins – dos povos Javaé, Karajá e Ãwa-Canoeiro -, envolvidas no Projeto Ilha do Bananal+. A iniciativa implementará o REDD+ (Redução de Emissões Resultantes do Desmatamento e da Degradação de Florestas).
O REDD+ é um mecanismo desenvolvido no âmbito da Convenção das Nações Unidas, que recompensa financeiramente comunidades que preservam as florestas, diminuindo a poluição e o avanço das mudanças climáticas.
O encontro híbrido (presencial e on-line), que representa uma das etapas fundamentais do projeto, contou com a presença on-line do Instituto Indígena do Tocantins, o Indtins, por meio de uma de suas representantes, a diretora Fiscal da entidade, Kamutaja Silva Ãwa. Ela também participou como presidente da Associação do Povo Ãwa do Tocantins (Apãwa-To), uma das entidades envolvidas no projeto.
O Instituto é responsável pela articulação com a empresa colombiana Biofix Consultoria, desde 2021, para a participação dos povos da Ilha do Bananal, o que viabilizou o projeto. “Essa é mais uma etapa importante dessa ação que beneficiará diretamente as comunidades indígenas, com repasses financeiros, mediante o cumprimento de metas, e ao mesmo tempo fortalecerá a preservação da nossa mãe Terra”, disse o presidente da entidade, Paulo Oxati Karajá.
Participaram ainda representantes do Instituto dos Caciques e Povos Indígenas da Ilha do Bananal (Icapib); do Conselho das Organizações Indígenas Javaé da Ilha do Bananal (Conjaba); da Associação do Povo Ãwa (Apãwa) e da Associação Iny Mahadu, da nação Karajá; além de representantes do Banco do Brasil e da empresa colombiana Biofix Consultoria, responsável pela implantação do projeto no Tocantins.
Gestão governamental
O Governo do Tocantins integra essa agenda ambiental desde 2022, para construir o arcabouço legal que inclua o Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins. O Estado dispõe de 200 milhões de toneladas em créditos de carbono jurisdicional prontos para serem negociados no mercado internacional. Isso pode garantir ao Estado mais de R$ 10 bilhões nos próximos 16 anos.