Seminário Estadual em Direitos Humanos é realizado na capital

Seminário Estadual em Direitos Humanos é realizado na capital

O Seminário foi realizado pelo Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos e trouxe como discussão temática “As violências, suas interseccionalidades e a realidade tocantinense”. O evento aconteceu no Auditório do Centro Administrativo da Unitins, nesta quinta-feira, 29.

O Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos realizou o Seminário Estadual em Direitos Humanos, sobre a temática “As violências, suas interseccionalidades e a realidade tocantinense” e contou com a presença de autoridades, de movimentos sociais e comunitários, de estudantes e professores, bem como de municípios e demais representantes da sociedade civil. O evento aconteceu no Centro Administrativo da Unitins, em Palmas, nesta quinta-feira, 29.

A abertura do evento foi pelo presidente do Comitê, o professor Sérgio Roberto Jorge Alves, que enfatizou a grandeza do Seminário, o qual, com as diversas representatividades registradas, sejam presentes no auditório ou de forma online e pelo YouTube, mas estão diretamente no debate. O professor ressaltou a importância do evento que dá certo porque cada parceria acredita e por isso defende os direitos humanos como prioridades na vida das pessoas.

A palestra de abertura sobre o tema: Educação para a Cultura dos Direitos Humanos e da Paz, foi ministrada por João Luiz Moura de Sá, representante do Ministério dos Direitos Humanos e mediada pela professora do curso de Jornalismo da UFT, Dra, Adriana Tigre.

João destacou a importância da educação como parâmetro essencial para promoção dos direitos humanos, evidenciando que são pessoas, portanto, são humanos que devem ser respeitadas em todos os setores sociais. Ele enfatizou a necessidade que as escolas têm em discutir mais esse assunto no Currículo e levar o debate até as famílias, no sentido de esclarecer sobre a importância da compreensão social de que ‘direitos, são humanos e eles devem ser defendidos por causa das pessoas, que são humanas, pois os problemas estão acontecendo e é necessário que alguém mostre e busque ajuda para a solução, afinal, o poder público é para garantir os direitos das pessoas em todos os aspectos sociais, sobretudo, solucionar os problemas, afinal, o Brasil é um dos países onde tem mais registros de violências, por isso, temos que continuar lutando para que não sejamos omissos aos nossos direitos humanos’.

A Superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação do Tocantins, professora Márcia Brasileiro, que no ato representou o secretário, professor Fábio Vaz, falou dos trabalhos de formação que a Seduc vem realizando junto às equipes escolares e um dos pilares é a Educação para a Diversidade que trabalha na base de precaução, para que desde cedo, os alunos já comecem reconhecer e diferenciar diversos tipos de violências, e com isso, crescerem de forma conscientes, não cometendo atos violentos e simplesmente pedir desculpas, ficando por isso mesmo. O que se espera com o trabalho nas escolas é que no futuro essa galera seja de fato, cidadãos e cidadãs da paz, do amor e do respeito ao próximo.
Outro momento relevante foi a palestra sobre ‘As violências no âmbito doméstico e suas interseccionalidades, ministrada pela professora Graziela Reis, do curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT), mediada pela advogada, Dra. Ana Paula, que é membro do Comitê. A professora especificou o assunto apresentando diversas teorias de pesquisadores(as) que abordam cientificamente sobre o grau dos riscos que as mulheres correm, em diversos lugares, começando dentro da própria casa.

A Mesa Redonda trouxe o tema “Violências domésticas e a realidade do Tocantins” e teve diversas participações quanto ao assunto sobre violências enfrentadas também por crianças, pessoas negras, idosas, mulheres, pessoas LGBTQIAPN+ que são invisibilizadas diante de seus direitos sociais. Nessas discussões, expositores trouxeram reflexões, chamando a atenção de forma específica para o combate a essas práticas de violência contra esses públicos em todas as camadas sociais.

Entre as representações da sociedade civil, estava a professora e jornalista, Maria do Carmo Ribeiro, representando a Federação das Associações Comunitárias de Moradores (Facomto), que também é membro do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos.

Para a diretora, ‘a Facomto tem como prioridade o debate sobre violências, pois o trabalho é voltado para famílias, principalmente, mulheres, mães, crianças e idosos que precisam ser ouvidas, ajudadas com orientações básicas sobre o assunto, para que de forma consciente, saibam lutar em defesa de seus direitos e os direitos das demais pessoas do seu convívio”.

O Seminário Estadual de Educação em Direitos Humanos trouxe discussões, pelas quais se reconhece uma grande necessidade que a sociedade tem em debater sobre violências, haja vista que ações violentas não acontecem só nas camadas mais vulneráveis da sociedade, mas em todos os setores, inclusive, na alta sociedade.

Para tanto, discutir o processo de Educação em Direitos Humanos vai além das salas de aula e que pode ser debatido em todas as rodas de conversa em que haja gente. Afinal, inclusão e diversidade são meios que contribuem para a construção de uma sociedade mais consciente.

Weslene Rocha