Ministério Público vai investigar se houve irregularidade na alta médica de paciente idosa com Covid-19 de Araguaçu
O Ministério Público do Tocantins, por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Gurupi, instaurou procedimento preparatório para apurar eventual irregularidade médica que pode ter resultado no óbito de paciente idosa que estava internada no Hospital Regional de Gurupi (HRG). A morte ocorreu 24 horas após a paciente deixar o leito de UTI no HRG e ser transferida para o Hospital Municipal de Araguaçu.
As providências do MPTO foram baseadas em reportagem publicada nesta quarta-feira, 15, em veículo de comunicação, na qual familiares da vítima relatam que ela estava internada em leito de UTI Covid do HRG e que houve piora do quadro de saúde 24 horas após ser extubada e ser encaminhada a outra unidade de saúde, mesmo sem ser mantida o tempo necessário em leito clínico de estabilização.
O promotor de Justiça Marcelo Lima Nunes, responsável pelo procedimento, estipulou o prazo de cinco dias para que a Diretoria Geral do HRG encaminhe informações acerca do caso, explicando quais protocolos foram adotados para o remanejamento da paciente, repasse dados relativos à identificação do médico responsável pela alta médica, bem como detalhes do transporte e as providências para evitar futuras ocorrências envolvendo alta médica prematura de pacientes de leitos de UTI Covid.
Também foram oficiados o Secretário Estadual de Saúde e o Conselho Regional de Medicina do Tocantins, visando à instauração de sindicância ou procedimento disciplinar para apurar os fatos e adotar medidas punitivas cabíveis.
Uma cópia do procedimento foi remetida às Promotorias de Justiça Criminais de Gurupi para verificar eventual prática criminosa por parte dos médicos e demais envolvidos no caso.