Por unanimidade, Câmara de Palmas aprova Projeto de Lei para adesão do Consórcio Nacional de Vacinas

Por unanimidade, Câmara de Palmas aprova Projeto de Lei para adesão do Consórcio Nacional de Vacinas

Foto: Chico Sisto

Por unanimidade dos presentes, a Câmara de Vereadores aprovou, na tarde desta terça-feira, 9, o Projeto de Lei nº 003/2021 que ratifica a adesão do Município de Palmas ao Conectar – Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), com o objetivo de viabilizar aos municípios buscar a possibilidade de adquirir vacinas, medicamentos, insumos e equipamentos de saúde para fazer o enfrentamento ao novo coronavírus. Estavam presentes à sessão 17, dos 19 vereadores que compõem o Legislativo Municipal, sendo as duas ausências justificadas por motivo de saúde. 

“Um importante passo foi dado para que Palmas possa integrar o Consórcio Nacional de Municípios que poderá tornar realidade para todos, a vacina contra a Covid-19. Os vereadores foram sensíveis e souberam compreender a importância desse projeto que traz esperança para todos os palmenses”, comemorou a prefeita Cinthia Ribeiro.

Convertida na Lei nº 2.590/2021, a ratifica da participação de Palmas no consórcio foi publicada ainda no Diário Oficial desta terça-feira, 9. O próximo passo é o envio de uma cópia da lei à FNP, para integrar o conjunto de documentos necessários para a criação da personalidade jurídica do consórcio. Esse trâmite é obrigatório para que o Município de Palmas possa participar da Assembleia Geral de instalação do Conectar, marcada para o dia 22 de março.  

Nesta primeira fase de ratificação da adesão ao consórcio, os municípios ainda não vão detalhar o volume de compras, o orçamento e a fonte de recursos, pois tudo depende de um levantamento que será feito a partir da formalização do consórcio, que na condição de personalidade jurídica, vai negociar com laboratórios e orientar os prefeitos a elaborarem suas demandas próprias. 

O que diz a lei

De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI), em vigência desde 1973, a obrigação de adquirir imunizantes para a população é do governo federal. No entanto, diante da situação de extrema urgência em vacinar brasileiros e brasileiras para a retomada segura das atividades e da economia, o consórcio público, amparado na segurança jurídica oferecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), torna-se uma possibilidade de acelerar esse processo.

O consórcio dará suporte aos municípios caso o Plano Nacional de Imunização (PNI), do governo federal, não consiga suprir a demanda nacional.

Os recursos para compra de vacinas poderão ser disponibilizados de três formas: por meio dos municípios consorciados, de aporte de recursos federais e de eventuais doações nacionais e internacionais.

“O consórcio não é para comprar imediatamente, mas para termos segurança jurídica no caso de o PNI não dar conta de suprir toda a população. Nesse caso, os prefeitos já teriam alternativa para isso”, esclareceu o presidente da FNP, Jonas Donizette. Ele reforçou também que a primeira tentativa será para que os municípios não precisem desembolsar nada para aquisição das vacinas.

“Caso isso ocorra, a ideia é reembolsá-los. Não seria adequado os municípios terem esse gasto diante do PNI, pois já estão afogados em dívidas por conta do momento”, disse o presidente da entidade.

O secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, esclareceu que a intenção não é competir com o Ministério da Saúde na compra de vacinas, mas de somar esforços. “Os desafios são grandes, mas a proposta não é contrapor o governo em relação às vacinas que já estão em contratação, é somar esforços com as que têm potencial. Essa pandemia pode se transformar em endemia e os municípios precisam estar preparados para alcançar resultados positivos com a vacinação”, disse. Até o momento, dez vacinas estão aprovadas e disponibilizadas e cerca de 240 estão em teste.

Redação