Adapec interdita propriedade em Babaçulândia por suspeita de uso de cama de frango na alimentação de bovinos

Adapec interdita propriedade em Babaçulândia por suspeita de uso de cama de frango na alimentação de bovinos

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) interditou nessa quarta-feira, 30, uma propriedade rural, no município de Babaçulândia, na região norte do Estado, por suspeita de uso ilegal de cama de frango na alimentação de bovinos. O uso desse material, que é o resíduo da criação de frango, para essa finalidade, é proibido por lei, por conter proteína de origem animal, fator que pode causar a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como a doença da vaca louca.

Segundo o gerente de sanidade animal da Agência, Sérgio Liocádio, a instituição recebeu uma denúncia de que o proprietário dessa fazenda estava fazendo uso de cama de frango na alimentação do seu rebanho. “Realizamos uma fiscalização no local e o produtor foi orientado a suspender o fornecimento aos animais. Coletamos amostra do produto encontrado nos cochos e encaminharemos para o laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Minas Gerais, e, caso seja confirmada a presença de proteína de origem animal, será realizado o abate sanitário dos animais.” explicou Sérgio.

A doença da vaca louca é uma doença neurodegenerativa, fatal em bovinos, além disso, pode ser transmitida ao ser humano por meio do consumo de carne infectada. “Ela é uma doença que não possui tratamento ou vacina, por isso, a melhor forma de prevenção é tomar os devidos cuidados com a alimentação dos animais, principalmente aqueles em confinamento”, disse o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.

Transmissão

A principal forma de transmissão da doença está associada ao uso de proteínas de origem animal, como por exemplo, farinha de carne e ossos na alimentação dos ruminantes. No Brasil, é proibido o uso de proteína animal na fabricação de ração para bovinos.

Sintomas

Os animais acometidos pela doença podem apresentar comportamento agressivo, nervosismo, dificuldade de coordenação, diminuição da produção de leite e perda de peso. A doença é fatal e o animal pode morrer entre duas semanas e seis meses após os sintomas.

Fonte: Secom Adapec-TO

Foto: Divulgação / Adapec

Redação