Associação de Mulheres em Ação de Palmas realiza Seminário na região Norte da Capital
Levantamento de dados apontam que mais de 80% delas são chefes de da casa
A Associação de Mulheres em Ação de Palmas (AMAP), localizada na Arno 71, realizou no último sábado, 29, o Seminário e oficinas voltadas à temática “A cidade é de todas as mulheres”, com o apoio do Centro de Direitos Humanos e Sociais (CDES), Habitat para a Humanidade e o Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU). O objetivo de reconhecer as condições de vida das mulheres da Associação, com base em dados socioeconômicos sobre a realidade social.
Desde a sua criação em 2006 a AMAP vem lutando por reforma urbana, direitos das mulheres à moradia digna que inclui educação e saúde públicas com pavimentação asfáltica, água encanada e energia elétrica, em bairros nas cidades e o combate à violência contra as mulheres.
Para a presidente, Francisca Lima, “por meio de momentos como estes esperamos fortalecer mais a luta, aproximando todas as mulheres à base, ouvindo as necessidades delas e assim podermos realizar ações permanentes e mais participativas” explicou.
De acordo com as discussões entre mulheres que participaram das oficinas, confiar nas Instituições é a forma mais segura para denunciar sobre qualquer tipo de violência doméstica, pelo número 180, por ele pode-se denunciar com um pedido de pizza, também quando sair se escreve um X na palma da mão, tudo com muito cuidado para que o agressor não venha desconfiar e reagir antes das providências.
Dados
Durante o Seminário, foi apresentado o resultado de um levantamento feito pela Associação e parcerias, na visão de conhecer um pouco sobre a realidade das mulheres da base. Alguns pontos com maiores destaques: 81,4% das mulheres entrevistadas são responsáveis pela casa; 82,9% estão desempregadas; 40% recebem o benefício do Bolsa Família, agora é (Auxílio Brasil); 24,3% moram de aluguel. Quanto à violência doméstica, 66,7% delas já sofreram de lesão corporal dentro de suas casas. Apesar de todas as dificuldades diárias que as mulheres enfrentam, os dados mostram que 79,1% delas não deixaram de estudar por causa da gravidez e hoje, diante do momento crítico em que se vive, 69% dessas mulheres trabalham de forma autônoma.
Contudo, o levantamento das condições de vida das mulheres atendidas por nossa Associação, apresentaram informações pertinentes para que se entenda sobre a importância da luta por igualdade de direitos para as mulheres sem racismo.
Disque Denúncia
Em toda situação de violência disque 180, 100, ou chame a polícia por meio do 190 ou procure qualquer socorro possível. 193, 197. Ligue e denuncie de imediato a agressão.