Centrais sindicais no Tocantins atentas as posições dos governantes e na situação dos trabalhadores
Com o rápido avanço do coronavírus no Brasil, a postura irresponsável do atual presidente e sua visível incapacidade em conter a situação, centrais sindicais em todo país anunciaram a campanha #ForaBolsonaro que defende o impeachment de Jair Bolsonaro. No Tocantins as entidades sindicais não aderiram completamente à campanha, o presidente da CUT e Sintet, Zé Roque revelou que o atual momento exige cautela para não tomar atitudes precipitadas.
Para Zé Roque pode ser arriscado que alguém novo assuma o poder em um período de completa crise, mas afirma não estar preso a este posicionamento “Para encaminhamento sindical, ainda não há uma posição, existem muitas controvérsias, a questão do #ForaBolsonaro está vindo mais espontânea de alguns grupos que acreditam que isso resolve, mas não sei se isso resolve, isso me preocupa, pode ‘cair alguém de paraquedas’, achando que veio para salvar a pátria, mas não funciona assim. Nós enquanto dirigentes sindicais e militantes precisamos nos precaver, essa é minha leitura agora, mas pode ser que mais na frente eu tenha que me posicionar de outra forma”.
CUT e Sintet
Neste período de pandemia as centrais sindicais CUT e Sintet voltaram seu trabalho para o atendimento das demandas do estado, processos judiciais, informações dos municípios, denúncias de unidades escolares e principalmente na garantia dos direitos dos trabalhadores “Estamos presentes no estado inteiro fazendo as observações necessárias, resguardando a saúde e os direitos do trabalhador, tantos os da educação, como todos os outros, para não deixar ninguém ser ‘massacrado’ neste momento” disse o atual presidente sindical.
Zé ainda destaca que é preciso pensar na fase pós coronavírus, para que os direitos não sejam enfraquecidos “Nós estamos atentos a todas as posições que os governos estão tomando, tanto o governo federal que é um desastre, como o governo estadual, para que possa continuar a luta em defesa do conjunto dos trabalhadores, proporcionar estabilidade e segurança. Ao retornar da pandemia como vamos enfrentar novas gestões, é preciso cuidar para que no futuro não venha a adoecer mais ainda os trabalhadores que vem sofrendo com os impacto do vírus”.
Foto: Leonardo Lucena