Combate à fome, educação de qualidade e inclusão foram temas de reunião entre Mourão e Lula
Lula quer o crescimento do Tocantins, garante o ex-deputado Paulo Mourão, que é pré-candidato do Partido dos Trabalhadores ao governo do Tocantins e na tarde desta segunda-feira, 28, em reunião no Rio de Janeiro com o ex-presidente Lula e a presidenta do PT, Gleisy Hoffmann, conversou sobre a necessidade de um “reordenamento social, político com inclusão social e políticas emancipatórias” e combate à fome, moradia e investimento responsável em educação esteve no centro da conversa.
Conforme informou Paulo Mourão, Lula está consciente da situação do Brasil e do Tocantins e otimista com a possibilidade de um time de parceiros e apoiadores para garantir a reconstrução do país e dos estados. “Para um novo ordenamento, o presidente Lula sabe que é preciso garantir a segurança alimentar dos brasileiros e brasileiras, é preciso combater a fome e ter um investimento massivo na educação das nossas crianças e jovens. Precisamos garantir formação tecnológica e superior, para que a gente possa gerar valor agregado e fazer o arranjo da educação se associar aos arranjos produtivos das economias dos estados”, destacou o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores ao governo do Tocantins.
Colocado como prioridade na pauta da reunião entre Mourão e Lula, a questão da educação e o seu papel fundamental na emancipação de todas as pessoas do Brasil e do Tocantins é preocupação de ambos. “O Inepe [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira] mostrou que cada ponto que se aumenta no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] aumenta em 200% a empregabilidade de jovens e diminui em 25% os homicídios. A educação é realmente a política de desenvolvimento socialmente justa”, apontou Paulo Mourão.
“Lula disse que é preciso fazer um novo ordenamento de gestão. Vou ser um presidente presente com você, com o Tocantins. Ele afirmou na nossa conversa”, relatou Paulo Mourão ao destacar que o incentivo à ciência e tecnologia, a integração da economia dos estados em um processo de novos arranjos produtivos de inclusão de todas e todos, integrando a economia nacional e possibilitando a integração com a economia internacional, também foram pontos debatidos na reunião, que trouxe ainda o debate sobre o investimento em infraestrutura com a conclusão das ferrovias do Tocantins e recuperação das estradas.
Dentro do processo de desenvolvimento apontado na reunião está ainda a questão da moradia no Tocantins, que tem cerca de 100 mil famílias sem casa e conforme a conversa de Mourão e Lula, a necessidade para os próximos quatro anos é a construção de 20 mil moradias para atender as famílias que ganham menos de um salário mínimo no Tocantins.
“Foi algo extraordinário o diálogo que tivemos com o Lula, e ele disse, se prepare porque vamos ter muito o que fazer”, destacou Mourão ao lembrar que o Tocantins e o Brasil precisam de cuidado e qualificação da gestão, no sentido de garantir a inclusão do pobre no orçamento e o atendimento às necessidades mais básicas das pessoas, entre elas, a segurança alimentar, emprego, moradia, educação e saúde.
Saúde
“Outra coisa que nós falamos foi sobre a saúde. Eu falei da deficiência do estado e dei a ideia pra ele do sistema de saúde, que tenhamos um secretário ou uma secretária de saúde, que vai fazer uma relação tripartite entre governo do estado, federal e os municípios. Um secretário executivo, para tratar da relação bipartite de estado e município, com as políticas de saúde preventivas, formação e apoio aos municípios. E por fim termos um secretário executivo que cuide somente da gestão hospitalar e manutenção de equipamentos e custeio dos hospitais de alta, média e baixa complexidade”, explicou Mourão.
Como os atendimentos de baixa complexidade são de responsabilidade dos municípios, Mourão conversou com Lula sobre a necessidade do estado estar mais perto e passar a ser fiscalizador de forma a estimular, orientar e capacitar a atuação nas cidades, e assim, melhorar o atendimento à população. “Média e alta o estado trabalhar para assumir, de forma competente, e desafogar os hospitais regionais e fazer que as cirurgias eletivas tenham um novo patamar de atendimento”, finalizou.