CUT põe estudo sobre destruição causada pela Lava Jato na pauta da Câmara
O estudo da CUT-DIEESE, que denuncia e comprova a destruição que a Operação Lava Jato causou ao emprego e à economia do país, já está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Em reunião, realizada em Brasília, na tarde desta quinta-feira (18), o documento foi detalhado pelo presidente nacional da Central, Sérgio Nobre, ao parlamentar, que instituiu, ontem mesmo, um grupo de trabalho tripartite, composto por deputados, representantes dos trabalhadores e empresários.
O objetivo do GT, segundo Sérgio Nobre, é “elencar, debater e criar instrumentos e regramentos para garantir que a destruição causada pela Lava Jato nunca mais se repita na história do país”. “A reunião foi muito produtiva, uma vitória da CUT e do movimento sindical por conseguir que esse amplo estudo sirva como base para o trabalho do grupo tripartite”, avaliou.
O estudo elaborado pelo Dieese para a CUT, divulgado na terça-feira (16), consumiu um ano de análises, pesquisas e cruzamento de dados oficiais envolvendo 67 setores da economia. O documento revela que, por conta da condução errática da Lava Jato, R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos na economia e 4,4 milhões de brasileiros ficaram sem emprego. A construção civil e a cadeia de Petróleo e gás foram os setores mais afetados pelos desmandos da dupla Sérgio Moro/Deltan Dallagnol, o ex-juiz e o procurador que coordenava a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Sérgio Nobre disse que o presidente da Câmara concordou com o que o estudo da CUT-DIEESE aponta. Segundo o presidente da CUT, o deputado Lira disse, na reunião, que “infelizmente, a Lava Jato não teve o cuidado de separar as pessoas das empresas”.
“Desde o início da Lava Jato, deflagrada em 2014, alertamos que a Operação tinha que se concentrar em investigar as denúncias e punir os culpados, sem, com isso, destruir a atividade empresarial e, consequentemente, os empregos e a economia”, destacou Sérgio Nobre. Não foi isso que aconteceu. “Empresas não cometem crimes, pessoas sim. E são essas pessoas que têm que ser investigadas e punidas” complementou.
Fonte: CUT