Deputado lembra que muitos tocantinenses ainda não tem acesso a água
Thaís Souza/Ascom
Um Estado geograficamente privilegiado. Situado no coração do Brasil, o Tocantins é banhado por dois dos maiores rios brasileiros. De um lado está o Rio Tocantins, do outro o Rio Araguaia. E não para por aí, os tocantinenses contam ainda com o Manuel Alves, o Rio Sono e o Rio Javaés. Mas tamanho privilégio não foi suficiente para garantir a todos os tocantinenses acesso a água potável durante o ano inteiro. Os moradores da Região Sudeste, sabem bem o valor deste recurso hídrico, que aparentemente abundante no Tocantins, fica escasso em alguns municípios e torna-se joia rara no período de estiagem. A falta de água traz inúmeras consequências e é comum a morte dos animais e plantas.
Com o objetivo minimizar o sofrimento das pessoas, quanto a este problema, que tornou-se comum no Tocantins tramita na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2505/20, do deputado federal Vicentinho Júnior (PL-TO), que inclui o Estado na área de atuação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o órgão desenvolve ações como implantação de reservatórios, construção de barragens e poços, adutoras, perímetros irrigados e sistemas simplificados de abastecimento.
Além do PL, o parlamentar destinou recursos para atender os municípios da Região com a compra de perfuratrizes, maquinário essencial na escavação de poços artesianos. “Os poços são uma alternativa, mas precisamos entender que o problema existe e que precisa ser solucionado, pois é inaceitável que em um Estado abundante em água, pessoas anualmente têm suas lavouras e criação de animais prejudicada pela escassez deste recurso hídrico”, reforçou Vicentinho Júnior.
Dados
O último relatório de monitoramento das secas, divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA), aponta uma diminuição da área com seca grave no centro do estado e recuo da seca moderada (S1) no sudoeste, devido às chuvas acima da média. Porém os dados de fevereiro ressaltam que os impactos das chuvas permanecem de curto prazo no sudeste.