Dia da Mulher: Saúde de Palmas apresenta a história de cinco servidoras dedicadas ao SUS
Homenageadas – gestora hospitalar, médica, coordenadora de frota, auxiliar de serviços gerais e socorrista – elas representam as 2.087 que integram a rede municipal de saúde da Capital
São mães, filhas, esposas, trabalhadoras, desempenham vários papéis ao mesmo tempo. E no Sistema Único de Saúde (SUS) do município de Palmas elas são maioria. Dos 3.063 servidores da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), 2.087 são mulheres e boa parte está no comando de serviços de assistência à saúde da população da Capital. E para homenagear as mulheres, a Semus destaca a história de cinco delas, neste 8 de março – Dia Internacional da Mulher.
A socorrista Claudete Nascimenton atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) da Capital e é a primeira mulher a conduzir uma ambulância do serviço como socorrista no Brasil. Desde 2005, ela sai de casa com a missão de salvar vidas. Calma no jeito de falar, mas bastante firme na hora de agir, Claudete Nascimento revela o amor pela profissão. “Motivo de orgulho e também de preconceito. Mas a sensação que se sobressaiu foi a de orgulho. Ocupar essa posição desencadeou vários sentimentos, entre eles de valorizar mais as pessoas, aprender a ser mais solidária, além de permear um território massivamente masculino. O que no início era preconceito, hoje foi revertido em respeito. Mas isso faz parte do processo de aprendizado e crescimento”, descreve Claudete.
Proteção
No distrito de Taquaruçu, situado a 30 quilômetros da Capital, a gestora hospitalar Valda Lopes da Fonseca levanta todos os dias bem cedo para estar a postos na Unidade de Saúde da Família que atende a região. Com 31 anos de trabalho na saúde, ela atualmente comanda a equipe composta por 58 profissionais. Na unidade onde Valda atua é possível perceber nos detalhes alguns toques femininos. “Tenho um cuidado especial com a comunidade na qual trabalho, sempre dando o melhor de mim, para ajudar a todos que me procuram, dentro das normas e possibilidades, sempre dando um jeitinho de atender a todos. Tenho um bom relacionamento com todas as equipes, procuro ser bem acessível e tratar todos da forma mais carinhosa possível. Os meus colegas de trabalho são a minha segunda família”, conta ela.
Delicadeza
A médica endocrinologista pediatra Aline Campitelli, que atende no Ambulatório Municipal de Atendimento à Saúde (Amas) desde 2016, é outro exemplo de dedicação e carinho com seus pacientes. No consultório de Aline também é fácil identificar o seu lado fraternal, sua delicadeza de mulher, como também o seu profissionalismo. Um porta retrato com a sua família, as dezenas de canetas coloridas, o carimbo com suporte cheio de brilhos, o seu jaleco acinturado e com detalhes finos, além dos livros compõem o seu espaço de trabalho. “Desde os meus oito anos, sou acompanhado pela doutora Aline. Uma das coisas que me chama muito atenção nela, além do carinho é claro, é a sua delicadeza e beleza. O consultório é todo arrumadinho, cheio de detalhes coloridos. Ela explica tudo bem direitinho pra gente”, diz o paciente Théo Lena, 12 anos.
Carinho
Mãe de três filhos, Raiane (14 anos), Raíssa (16 anos) e Alessandro (21 anos), a auxiliar de serviços gerais, Rozuilia Pereira da Silva, também não deixa de lado o cuidado com a sua aparência e coloca o sorriso no rosto para receber os usuários. “Mesmo usando uniforme, procuro não deixar a vaidade de lado, pois hoje uma das minhas alegrias é estar no ambiente onde eu trabalho. A saúde é um local onde convivemos com muito sofrimento, mas o carinho que recebemos dos pacientes se torna maior que os momentos tristes”, revela a profissional.
Liderança de mulher
Muitos espaços ainda são considerados masculinos, mas, aos poucos, esse cenário tem mudado com a persistência e competência feminina. Ofélia Maria Xavier de Barros, coordenadora de Manutenção de Frota da Secretaria Municipal de Saúde, foi desafiada a gerenciar uma equipe composta por 40 homens, que atuam no transporte da rede de saúde da Capital.
Ela mostra competência para liderar uma equipe 100% masculina. Logo que assumiu a função, Ofélia planejou como ia liderar pessoas com as quais trabalhou muito tempo. “A estratégia foi uma conversa aberta. Em uma reunião, mostrei que a oportunidade que tive estava aberta a todos e me coloquei à disposição para ajudar no crescimento do serviço prestado”, relembra ela.
Autor: Semus/ Edição: Lorena Karlla | Publicado em 08 de março de 2022 às 08:47