Educação de Colmeia e Guaraí estão em estado de greve após prefeituras descumprem acordos

Educação de Colmeia e Guaraí estão em estado de greve após prefeituras descumprem acordos

Os profissionais das redes municipais de Guaraí e Colmeia decretaram estado de greve em assembleias realizadas na noite desta quinta-feira, 21 de setembro. As categorias dos respectivos municípios cobram das prefeituras a valorização da carreira do magistério.

Em outubro de 2022, os profissionais deflagram greve nos dois municípios, mas suspenderam o movimento grevista após acordos com os executivos municipais, porém, os professores alegam que os acordos, tanto em Guaraí quanto em Colmeia, não foram cumpridos. O estado de greve prevê o prazo de 72 horas para que ambas as prefeituras apresentem respostas sobre as reivindicações da categoria.

Em Guaraí, a categoria reclama que a prefeita Fátima Coelho não cumpriu o acordo da greve. O acordo previa o pagamento do reajuste do piso na carreira, conforme a lei do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Para aplicar o reajuste nas tabelas, a prefeitura baixou os níveis da progressão vertical da graduação de 15% para 4%, e da pós-graduação de 6% para 4%, e ainda prometeu aprovar o novo PCCR com a devida reestruturação. No entanto, a prefeitura judicializou o pagamento do piso, contratou uma empresa para fazer os estudos do PCCR por 42 mil e até agora, mesmo com os estudos finalizados, a gestão não apresentou o resultado. Em agosto de 2023, a prefeitura pediu a prorrogação do prazo para cumprir o acordo que já foi adiado outras duas vezes.

Presente na reunião, o vereador Miqueias se colocou à disposição da categoria, ele prometeu que vai cobrar da gestão uma resposta oficial sobre o estudo do PCCR da educação.

Já no município de Colmeia, mesmo com PCCR do magistério aprovado, a prefeitura não implementou as progressões

A categoria afirma que o prefeito Joctã Reis também descumpriu o acordo da greve, apesar do legislativo ter aprovado o PCCR do magistério, a prefeitura não implementou nenhuma progressão.

O acordo com os professores de Colmeia incide no pagamento do piso do magistério do ano de 2022 e na revisão do PCCR da categoria.

Como não cumpriu o acordo, os professores especialistas, graduados e especializados, que se encontram no nível II, na tabela do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do quadro da educação estão recebendo a mesma remuneração dos professores com magistério. Professores com progressões estão recebendo a mesma remuneração sem nenhuma diferença na carreira.

Em Colmeia, a assembleia aconteceu na Câmara Municipal. Os vereadores Baixim, Isaac, Divininho e Japão acompanharam o debate na assembleia e se comprometeram em apoiar a categoria e cobrar uma resposta da prefeitura.

“Não é justo trabalharmos anos após ano sem nenhuma valorização, não temos carreira”, disse uma professora que prefere não se identificar.

“Situações como estas são inadmissíveis, a educação tem recurso, falta boa vontade dos prefeitos de valorizar a carreira do magistério”, disse a presidenta do Sintet Regional de Guaraí, Iolanda Bastos.

Texto: Ascom Sintet

Redação