Efeitos pós pandemia na Capital é tema da X Conferência Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente
“Todos têm esse direito, igual a mim, de estarem aqui falando e debatendo sobre os nossos direitos”, com essa fala a estudante Maressa Lopes, do 5º ano, da Escola Municipal Mestre Pacífico Siqueira Campos, na região Norte de Palmas, representou todas as crianças do Município na abertura da X Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que neste ano trouxe como tema a “Situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de pós-pandemia pela Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”. O evento foi realizado nesta sexta-feira, 19, no Auditório da Faculdade Católica, para as mais de 130 pessoas.
Ao lado de Maressa estava a estudante da Escola Estadual do Setor Sul, Maria Conselho Eduarda Alves, que também atua como Jovem Aprendiz, na ETI Santa Barbára, na ocasião representando os adolescentes palmenses. A solenidade de abertura valorizou os talentos adolescentes com a apresentação de 16 membros da Orquestra Sanfônica Graciosa, formada por alunos da Escola Municipal Beatriz Rodrigues, e seus instrumentos de percussão, sanfona, triângulo e baixo.
A abertura contou ainda com a presença da secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), Adriana Aguiar, que representou a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; a secretária de Educação, Professora Fátima Sena; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Julane Marise Gomes; e o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Amilson Rodrigues, além dos demais conselheiros da entidade.
Adriana Aguiar alertou que o momento é de promover ampla mobilização social. “Aqui o objetivo é comum: defender os direitos das crianças e dos adolescentes. E podemos dizer que essa conferência vem como um presente de aniversário a Palmas, porque estamos defendendo os direitos de quem construirá o futuro, defendendo a possibilidade que essas crianças tracem seu destino a partir de políticas públicas que facilitem o acesso aos seus direitos”, enfatizou.
Presidente do CMDCA, Amilson Rodrigues foi enfático em convocar a todos para apresentar proposições e até críticas, mas, construtivas. “Esse é um espaço de debates propositivos, que sejamos críticos construtivos, para defender os direitos da criança e do adolescente em todas as dimensões”, alegou, acrescentando ainda que uma das demandas é ter mais investimentos em ciência e conhecimento. “Precisamos investir em ciência e pesquisa, para obtermos diagnósticos mais precisos. Sem isso faremos políticas públicas descabidas”, alertou.
“Nós que somos da Educação temos orgulho de fazer bem nosso trabalho. Fazemos políticas públicas, dentro da Educação, que atendem nosso público-alvo conforme sua integralidade, para garantir aos mais de 45 mil estudantes ativos, seus direitos”, defendeu a secretária de Educação, Fátima Sena.
Participantes
O tema X Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é visto pelo adolescente Iury Iaghi, de 17 anos, como muito relevante no momento atual. Participando da conferência em conjunto com os colegas do Renapsi, Iuri opinou que a pandemia trouxe muitas dificuldades para os estudantes, e o momento é produtivo para discuti-las e saná-las. “Nós merecemos uma sociedade mais justa”, argumentou. O estudante era um dos 20 participantes que a Renapsi levou à Conferência. Segundo a assistente social da entidade, Meg Pessoa, a participação ressalta a validação desta faixa etária na sociedade.
O discurso também foi incorporado pela coordenadora da Associação Ação Social Jesus de Nazaré, Maria de Jesus Lopes, que participa da conferência com outras 14 pessoas da entidade, entre jovens atendidos e membros da equipe. “Esse evento é relevante para nosso público, porque as decisões aqui são voltadas justamente para eles, e precisamos demonstrar que eles podem ser protagonistas, participarem ativamente das decisões”, defendeu.
Conferência
A conferência é uma realização do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente de Palmas (CMDCA), com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conama). A ação é a primeira etapa das discussões, que será sucedida pela etapa estadual e em novembro pela última etapa, a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (12ª CNDCA).
Texto: Lorena Karlla / Sedes