“Estou cansada, mas minha motivação é salvar vidas”, diz enfermeira
“Desde o início da circulação do coronavírus no Brasil, nós, profissionais da Saúde, nos colocamos na linha de frente para cuidar dos acometidos pela Covid-19 e, por isso, estamos há um ano trabalhando exaustivamente, mas com a motivação de salvar vidas”. O depoimento é da enfermeira Denise Pires, que atua em unidades de Saúde da região Leste de Goiânia.
Denise, como muitos profissionais, está cansada e busca forças para o trabalho que continua árduo, com conquistas, perdas, fortalecimento de amizades, amor, cansaço, exaustão, choro, tristeza, alegria e emoção. Ela, que também é coordenadora de Vigilância Epidemiológica, conta que cada atendimento é uma esperança que se renova.
“Muitas vezes sabemos que o paciente jamais saberá quem somos, mas por alguns dias ele se sentiu bem cuidado e acolhido. Que sejamos lembrados assim: pelo brilho do olhar”, conta a enfermeira Denise. Atualmente, ela coordena equipes de vacinação e, segundo ela, os colaboradores estão esperançosos.
“Busco incentivar a minha equipe e temos o costume de comemorar todas as ações do dia vencido. Estamos imunizados, mas atuando corajosamente em todos os momentos”, destaca Denise, lembrando ter ficado por inúmeras vezes sem tempo para almoçar. “Tenho gratidão por estar viva e por encarar o maior desafio da minha carreira”, frisa.
Por outro lado, o urologista Carlos Costa, que não trabalhou na linha frente durante a primeira onda, se sentiu na obrigação de auxiliar os colegas nesta segunda onda. “Além dos atendimentos do meu consultório, resolvi atuar na linha de frente da pandemia e somar forças com todos os profissionais que estão sendo verdadeiros heróis”, relata o médico.
Texto: Mauro Júnio, da Diretoria de Jornalismo