Fenaj e Sindjor manifestam Nota de Repúdio aos criminosos ataques digitais contra a ONG Repórter Brasil
Esta semana, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor-TO), e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) manifestaram uma Nota de Repúdio a uma série de ataques cibernéticos que a ONG Repórter Brasil vem recebendo.
Desde o começo do ano, a Repórter Brasil está sendo alvo de ataques acompanhados de ameaças e chantagens caso algumas reportagens não sejam deletadas.
A ação criminosa começou no dia 6 de janeiro, quando os ataques conseguiram derrubar o site da organização por algumas horas. Em seguida um e-mail anônimo foi encaminhado com a mensagem: “como devem ter percebido vcs passaram por alguns problemas tecnicos na ultima data. Para que isso nao ocorra novamente removam as materias nas pastas de 2003, 2004, 2005 (sic)”
Como a Repórter Brasil não atendeu, e informou que nem atenderá nenhuma tentativa de constrangimento ilegal, ainda mais uma que represente autocensura, os ataques continuaram.
Na manhã da última quinta-feira, 7, a sede da Repórter Brasil passou por uma tentativa de invasão física.
E na sexta-feira, 8, os criminosos deram um ultimato: “vamos esperar até 11/01 para que atendam nossas solicitações…(sic)”. Nesta segunda-feira, 11, os ataques continuaram com força, mantendo o site fora do ar por algumas horas.
A Repórter Brasil disse que foram realizados boletins de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo, e que também comunicaram o Ministério Público Federal e outras instituições competentes.
Acompanhe mais sobre o caso e conheça a ONG Repórter Brasil:
Nota de Repúdio Sindjor-TO
“Os ataques cibernéticos aos jornalistas continuam e desta vez, a ONG Repórter Brasil foi alvo desses ataques.
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Segundo informações divulgadas pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) os ataques cibernéticos tiraram, mais de uma vez, o site do ar e foram seguidos de ameaças e chantagens para a retirada de reportagens do site. Além disso, nos anos de 2003 e 2005 houve tentativa de invasão física a sede da Repórter Brasil.
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Para a FENAJ e SINDJOR, os ataques cibernéticos, seguidos de chantagem e ameaças, são gravíssimos e exigem uma ação imediata, por parte das Polícias Civil e Federal, para identificação dos responsáveis.
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A Repórter Brasil e os/as jornalistas que nela atuam têm a solidariedade e o apoio do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Tocantins (Sindjor).”
Nota de Repúdio FENAJ
“A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) soma-se ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) no repúdio aos ataques cibernéticos, seguidos de ameaças, sofridos pela ONG Repórter Brasil neste início de ano.
Os reiterados ataques cibernéticos tiraram, mais de uma vez, o site do ar e foram seguidos de ameaças e chantagens para a retirada de reportagens do site, compreendendo o período de 2003 a 2005. Houve ainda tentativa de invasão física da sede da Repórter Brasil.
Para a FENAJ, os ataques cibernéticos ao site da Repórter Brasil, seguidos de chantagem e ameaças, são gravíssimos e exigem uma ação imediata, por parte das Polícias Civil e Federal, para identificação dos responsáveis.
É a primeira vez que temos no Brasil um ataque cibernético com objetivo assumido de censura, portanto, assumidamente um ataque à liberdade de imprensa.
A desfaçatez do ou dos responsáveis exige o repúdio de toda sociedade e uma resposta à altura das autoridades competentes.
A Repórter Brasil e os/as jornalistas que nela atuam têm a solidariedade e o apoio da FENAJ.
Brasília, 12 de janeiro de 2021
Federação Nacional dos Jornalistas.”