Miningite? Atenção para a importância da prevenção contra a doença
A meningite é a inflamação das meninges que envolvem o cérebro e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A enfermidade pode ser causada por vírus ou bactéria. Na meningite viral muitas vezes os medicamentos que tratam sintomas como febre e dores de cabeça são suficientes para amenizar o desconforto provocado pela doença, já a meningite bacteriana é mais grave e deve ser tratada com auxílio médico. Nesta segunda-feira, 24, em que é celebrado o dia mundial de combate à meningite, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) ressalta a importância da vacinação.
A principal forma de prevenção da meningite bacteriana é a imunização. No calendário de vacinação da criança e do adolescente estão previstas as vacinas pneumocócica 10-valente (conjugada) que protege contra as doenças causadas pela bactéria streptococcus pneumoniae, disponível para bebês a partir dos dois meses (2 doses + reforço); a pentavalente que protege contra as enfermidades causadas pelo haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B, disponível para bebês também a partir dos 2 meses (3 doses) e a meningocócica C (conjugada) que protege contra a meningocócica causada pelo sorogrupo C, a primeira aplicação é aos 3 meses de vida (2 doses + reforço).
Além dessas vacinas iniciais, a Central Municipal da Rede de Frios (Cemurf) da Semus também disponibiliza a vacina meningocócica ACWY (conjugada) para todos os adolescentes de 11 a 14 anos de idade (dose única). De acordo com o coordenador da Cemurf, Hugo Botelho, é na infância que o organismo forma os anticorpos necessários para a vida adulta, por isso ressalta que as crianças devem estar imunizadas com o esquema completo para poder garantir a proteção que a vacina oferece.
Transmissão e sintomas
A transmissão da meningite bacteriana acontece de pessoa para pessoa através de gotículas aéreas e secreções do nariz e garganta ou pela ingestão de água e alimentos contaminados ou contato com fezes. Já a meningite viral, pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos; trocar fraldas de uma pessoa infectada; beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus.
Nestes casos, os cuidados são similares aos de síndromes gripais como lavar bem as mãos e de forma constante ou utilizar álcool em gel, evitar contato com pessoas contaminadas, manter janelas abertas para ter uma boa ventilação, entre outros. Qualquer pessoa pode contrair a doença, mas ela é mais comum em crianças de até cinco anos, por isso é necessário atenção aos sinais de febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, falta de apetite e irritação. Em bebês os sintomas são moleira tensa ou elevada, gemido ao ser tocado, inquietação com choro agudo e rigidez corporal com movimentos involuntários ou ainda, corpo ‘mole’.
A bacteriana costuma apresentar febre alta, mal-estar, vômitos, fortes dores de cabeça e pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esses sinais na pele indicam que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de infecção generalizada aumenta muito. O recomendado é que os pais procurem imediatamente uma Unidade de Saúde da Família (USF) ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).