Na região norte da capital, entidades realizam oficinas sobre Direitos da Mulher
Com discussões voltadas à temática ‘Mulher, Raça e Direito à Cidade’ os trabalhos foram desenvolvidos com representação feminina do Residencial Parque da Praia
Representantes do Centro de Direitos Humanos (CDH) de Palmas, Karoline Chaves e Verônica Salustiano, juntamente com Veneranda Elias, da Federação das Associações Comunitárias e de Moradores do Tocantins (Facomto), na qual é Diretora Habitacional de Assuntos Fundiários, realizaram uma oficina com representantes das mulheres do Residencial Parque da Praia, da 309 Norte, neste sábado, 30.
A oficina faz parte do projeto ‘Nossa Cidade é para Todas’ que tem o apoio do Fórum Nacional de Reforma Urbana, pelo qual, se discute exclusivamente temas voltados à Mulher, Raça e Direito à Cidade que vem sendo discutido em todas as regiões do País.
Os trabalhos foram focados em informações voltadas para o respeito aos direitos das mulheres na construção das cidades e sua valorização diante dos trabalhos que contribuem no desenvolvimento da economia. Em pauta também estavam assuntos sobre violência contra a mulher e os espaços de direito das mulheres na cidade e na sociedade
A parceria do Centro de Direitos Humanos de Palmas com a Facomto vem ao encontro da necessidade de se discutir assuntos relevantes como a importância de as mulheres ocuparem os vários espaços sociais na perspectiva de torná-las cada vez mais conscientes da grandeza da sua participação na sociedade, torná-las mais conscientes de seus direitos, sobretudo, reconhecendo, que por meio do seu trabalho vêm colaborando com o desenvolvimento econômico do País e buscando cada vez mais a sua autonomia.
As discussões também esclareceram a situação das mulheres durante a pandemia e consequentemente o pós-pandemia, com graves problemas de violência doméstica, abusos diferenciados sofridos por pessoas vulneráveis e por isso que o CDH é uma parceria para fins de apoio. É importante que se tenha coragem para denunciar os fatos. As mulheres não podem ficar refém da violência.
Para Márcia que mora na comunidade local e participou das oficinas, a aprendizagem sobre os direitos das mulheres enquanto cidadãs e que ajudam no desenvolvimento da cidade, os meios que elas têm em defesa dos seus direitos, foi um aprendizado saber desses assuntos com explicações claras e simples de entender. Por meio disso “entendi que realmente lugar de mulher não é na cozinha, mas sim, onde ela quer estar e temos direitos iguais aos dos homens, por isso o respeito é mútuo, portanto afirmo que essas oficinas foram realmente muito produtivas e vieram contribuir com as nossas necessidades de aprender”, disse a moradora.
Assuntos como a valorização dos trabalhos artesanais que são desenvolvidos pelas mulheres do Residencial e vendidos durante as Feiras Solidárias que elas realizam no próprio espaço onde moram e sempre contam como fonte de renda para suas despesas domésticas, também foram pautados e compartilhados nos momentos de participação das moradoras.
Importante ressaltar que discussões sobre os direitos das mulheres na ocupação dos espaços na comunidade, nos lugares e nas cidades devem ser efetivados em todos os momentos como este para que a sociedade possa entender que ‘o lugar da mulher é onde ela quiser’ e assim, a própria mulher compreender a sua grandeza em todos os aspectos sociais.
Parque da Praia
O Residencial Parque da Praia foi entregue em 2018 a 160 famílias cadastradas junto à Federação das Associações Comunitárias e de Moradores do Tocantins (Facomto) é um empreendimento do então Programa Minha Casa, Minha Vida, foi executado com recursos do Governo Federal tendo como agente financeiro a Caixa Econômica e as parcerias do Governo do Estado e da Prefeitura de Palmas.
As famílias do Parque da Praia, na sua grande maioria são mulheres, chefes de casa e incansáveis na luta diária por mais conquistas, principalmente da sua autonomia financeira.