Ocupar as ruas para defender democracia e direitos do povo

Ocupar as ruas para defender democracia e direitos do povo

Neste final de semana, as ruas do país serão novamente ocupadas por manifestantes em protestos contra o preconceito, a negligência do governo frente à pandemia e o fracasso da política neoliberal de Paulo Guedes. “O que vimos na semana passada, puxado por torcedores organizados, foi um passo fundamental na resistência ao fascismo: a demonstração de que a rua não é deles”, definiu o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, em artigo no portal Brasil 47. “Não basta sermos maioria na sociedade”, definiu Boulos, afirmando a importância de ocupar às ruas. A Frente Povo Sem Medo, entidades e partidos são responsáveis por evento neste domingo, 7, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) apoiou os atos legítimos e pacíficos previsto para ocorrerem em todo o país, e está orientando seus militantes aos manifestantes para redobrar  os cuidados, usando máscaras para evitar contágio, mantendo distância e não entrando em provocações. “As manifestações pacíficas de rua contra Bolsonaro e o fascismo são o fato novo na luta pela democracia e pela vida no Brasil”, afirma a nota divulgada nesta quinta-feira.

Para o PT,  “são ações legítimas, protegidas pelo Artigo 5º da Constituição, que garante de forma expressa o direito às liberdades de expressão, reunião e de associação. A nota é assinada pela deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), pelo senador e líder da Bancada do PT no Senado Federal, Rogério Carvalho, e pelo deputado federal e líder da Bancada do PT Câmara Federal, Enio Verri (PR).

As manifestações populares provocaram reações destemperadas do governo, acuado pela incapacidade de dar respostas à mais grave crise sanitária e econômica da história do país. Nas palavras do presidente e do vice-presidente, ressurgiram os velhos pretextos para atacar os “inimigos internos”. “Quem promove o caos, queima a bandeira nacional e usa da violência como uma forma de ‘protestar’ é terrorista sim!”, disse Bolsonaro. As palavras do presidente da República buscam “capitalizar” a ação de provocadores infiltrados na manifestação realizada em Curitiba, na segunda-feira. Na manifestação da capital paranaense, os provocadores queimaram bandeiras do Brasil.

De outro lado, o governo também tenta caracterizar as manifestações como apenas uma reprodução do que acontece nos Estados Unidos, onde milhões de pessoas estão nas ruas, colocando em cheque seu principal, e talvez único, aliado internacional. É verdade que os brasileiros estão solidários aos protestos contra o assassinato do negro George Floyd, assim como a maioria dos países do mundo. Nesta semana, milhares de pessoas foram às ruas em Paris, Barcelona, Amsterdã, Londres, Cidade do México e Buenos Aires, entre outras capitais. Em todos os países, o levante dos norte-americanos fez aflorar a revolta contra todas as formas de preconceito racial.

Fonte: Partido dos Trabalhadores

Redação