Pesquisadores da UFT desenvolvem estudos que beneficiam a agricultura familiar

Pesquisadores da UFT desenvolvem estudos que beneficiam a agricultura familiar

Resíduos provenientes de lixos compostos, como resto de alimentos e efluentes retirados da fossa séptica biogestora que não podem ser lançados no solo, tem sido transformado quimicamente em adubo orgânico para ser usado em plantios da agricultura familiar com resultados promissores de produtividade. O estudo científico está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus Gurupi e faz parte do Convênio Estruturante, uma iniciativa custeada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt).

O projeto é coordenado pela professora Doutora em Agricultura, Juliana Barili da UFT Gurupi e juntamente com pesquisadores e acadêmicos, desenvolve o trabalho no Assentamento Vale Verde do município com o objetivo de analisar o resíduo orgânico da fossa séptica biodigestora no Laboratório de Resíduos da instituição. Além desse trabalho, os pesquisadores fazem análise de solo para saber os nutrientes disponíveis e identificar a quantidade de adubação necessária, a fim de orientar os agricultores em relação ao uso do produto.

O convênio estruturante entre os governos e Fapt tem surtido bons resultados científicos, o objetivo é viabilizar a transferência de tecnologia a agricultura familiar, por isso é importante as parceria que com órgãos afins. Pretendemos consolidar e estreitar os laços, bem mais do que já temos feito até agora com instituições do Estado. Queremos formular estratégias que possam contribuir com a rentabilidade e produtividade dos pequenos e médios produtores rurais do Tocantins. Temos muitos projetos de base rural que dão subsídios para isso”, explicou o doutor em Agronomia (Fitotecnia), Márcio Silveira, presidente da Fapt.

Convênio Estruturante

O Laboratório de resíduos da UFT Gurupi é fruto da estruturação financiada pelos Governos federal e estadual por meio da Fapt, o que tem favorecido o desenvolvimento de várias pesquisas. No espaço científico também é desenvolvido outros estudos por acadêmicos de diversos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. O local já foi visitado por alunos de ensino médio que tiveram a oportunidade de conhecer o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.

 “O projeto ainda se encontra em fase de desenvolvimento, com impactos científicos que indicam o grau de qualidade dos resíduos de diferentes atividades, promove capacitação de alunos de programa de iniciação científica, publicações de circulação nacional e internacional. Além de proporcionar o impacto tecnológico que favorece o uso racional e adequado de resíduos. Também viabiliza impacto social que melhora a vida de agricultores familiares com informações para uso sustentável dos resíduos”, explicou a coordenadora do projeto, a professora Doutora em Agronomia, Juliana Barili.

Para a técnica do laboratório, a Doutora em Tecnologia Química, Damiana Beatriz da Silva, o apoio do Governo tem sido de fundamental importância. “A parceria já tem mais de dez anos, e isso representa produção de conhecimento científico, que favorece a divulgação da pesquisa, do ensino e da extensão. Desta forma estamos beneficiando tanto os acadêmicos como a comunidade de agricultores familiares que recebem uma inovação de baixo custo em seus plantios”, ressaltou a pesquisadora.

Redação