Petistas comemoram a devolução da MP 979 que tira autonomia das universidades
A decisão do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, de devolver a Medida Provisória (MP 979/2020) ao governo Federal nesta sexta-feira, 12, foi motivo de comemoração das lideranças petistas em todo país. A MP dava mais poder ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para escolher reitores temporários, verdadeiros interventores, em universidades e institutos federais durante a pandemia da Covid-19 sem consulta prévia, afrontando a autonomia universitária entre outras aberrações legais e constitucionais.
O deputado federal Célio Moura (PT-TO) comemorou em suas redes sociais em prol da vitória na educação “A Educação Pública Universitária do Brasil agradecem! Democracia e autonomia máxima aos espaços de saber, a ciência, pesquisa e extensão tem que estar em boas mãos democráticas.Que bela notícia, Brasil” pontuou em post no seu perfil no Facebook. Célio ainda reforçou seu contentamento no twitter:
O deputado estadual e presidente do PT Tocantins, Zé Roberto Lula exclamou “Essa devolução é para comemorar no Brasil todo. A autonomia das universidades é preservada e nossa democracia não vai sofrer mais este golpe”.
Para o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), “A devolução da MP 979 representa uma vitória da sociedade, que não vai aceitar calada a violação aos princípios constitucionais da autonomia universitária”.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) também comemorou a vitória da Educação e mais uma derrota de Bolsonaro. “Vitória da Educação. A devolução da MP 979 é uma grande vitória da ciência e da educação. Nós do PT e da oposição pedimos a imediata devolução da MP ao Planalto. Não podíamos permitir que Bolsonaro e Weintraub atropelassem a Constituição e a autonomia universitária. Derrota de Bolsonaro”.
Mesmo sem estar aprovado, o texto da MP já estava em vigor, mas ainda era necessário a validação do Congresso. Conforme o texto, o ministro da Educação não precisaria fazer consulta à comunidade acadêmica ou à lista tríplice para escolha dos reitores, uma atitude claramente autoritária e que fere a democracia.
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