Saúde: campanha de conscientização sobre perda gestacional e neonatal
O mês em curso é marcado por campanhas como “Outubro Rosa”, contudo, é também o mês para a reflexão sobre os casos de muitas mães e pais que perdem seus bebês ainda durante a gestação ou logo após o nascimento. Neste contexto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) através da Equipe Matricial de Humanização do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), promove ações que auxiliam famílias a superar o luto advindo da gestação interrompida de forma espontânea, ou, perda do bebê logo após o parto.
O Dia Internacional da Conscientização da Perda Gestacional ou do Recém-Nascido, lembrado em 15 de outubro, tem por objetivo impulsionar a humanização do atendimento às pessoas nos serviços de saúde e, principalmente, orientar as famílias enlutadas da forma mais adequada. É necessário conscientizar a sociedade que tem esse tema ainda como um tabu, mesmo sendo tão recorrente, para voltar a atenção para o acolhimento dessas mães e pais que vivem a dor da perda gestacional e neonatal.
Segundo a Psicóloga Perinatal da Equipe Matricial de Humanização do HMDR, Lhívia Lourençoni, “é preciso sensibilizar a sociedade sobre a perda de um filho ainda na gestação ou logo após o nascimento que, acaba não sendo reconhecida socialmente, pelo curto tempo que os pais tiveram com seus filhos. Precisamos quebrar o tabu acerca do luto que causa o abandono emocional após a morte de um filho. Socialmente, julga-se que por não ter convivido com o filho, a dor é menor, e os pais nem são reconhecidos como pai e mãe, se não têm outro filho vivo”.
Por ser um tema de grande impacto social, entretanto pouco abordado, estas ações dentro da agenda da Saúde, visam respeitar o luto de mães e pais que passam por tal situação, além de contribuir com a sensibilização do tema, disseminando informações necessárias para profissionais da saúde e, sobretudo, para pais e familiares.
Ainda segundo a psicóloga, “o rompimento da oportunidade de exercer a maternidade pode trazer à tona vários sentimentos na mulher, como fracasso, tristeza, frustração e incapacidade que se não tratadas adequadamente desde o princípio, podem afetar os planos de vida da mãe, tal como seu convívio com outras pessoas, então, por não se tratar de algo simples, e ser um assunto que precisa ser discutido. É necessário que a sociedade e instituições estejam cada vez mais preparadas para receber e acolher os pais que passam por essa situação”, enfatizou.
Ações
O Governo do Tocantins trabalha incessantemente para que a população receba sempre um melhor atendimento, sobretudo, no que diz respeito à saúde pública. O Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), conta com novo espaço para que esses pais e mães tenham um ambiente mais humanizado para este momento de despedida com seus bebês.
Fonte: Secom-TO
Foto: André Araujo/Governo do Tocantins