Sem entrevista e sem ministro, Brasil registra recorde de 1.349 mortes
Mais uma vez, o Ministério da Saúde deixou de fazer a entrevista coletiva para prestar esclarecimento sobre as ações relacionadas ao combate da covid-19 e comentar o avanço da doença e das mortes nos Estados. A pasta segue sem ministro há 19 dias, desde que Nelson Teich, pediu demissão. Neste período, o Ministério está sob a guarda interina do general Eduardo Pazuello.
O mais recente balanço com as atualizações de casos e mortes por complicações do coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil traz os seguintes dados:
- 32.548 mortes, eram 31.199 na terça (2)
- Foram 1.349 registros de morte incluídos em 24 horas
- 584.016 casos confirmados, eram 555.383 na terça
- Foram incluídos 28.633 casos em 24 horas
- 312.851 pacientes estão em acompanhamento (53,6%)
- 238.617 pacientes estão recuperados (40,9%)
O Ministério da Saúde divulgou também a distribuição dos casos e mortes por complicações do novo coronavírus (Sars-Cov-2) por estado brasileiro.
A maior alta de mortes foi puxada pelo Rio de Janeiro (324 novos óbitos), que também registrou seu recorde nesta pandemia. Outros cinco estados também contabilizaram a maior alta no número de vítimas fatais de covid-19: Paraíba (35 novas mortes), Alagoas (24), Minas Gerais (17), Distrito Federal (14) e Mato Grosso (seis).
A região Sudeste passou das 15 mil mortes oficiais por covid-19 (15.290, exatamente), das quais mais de 8 mil foram em São Paulo. Para efeito de comparação, se os quatro estados da região formassem um país, este país seria o sétimo do mundo com mais óbitos registrados da doença — à frente de México, Bélgica e Alemanha, por exemplo.
Já o Nordeste chegou a 10.066 mortes por covid-19 registradas. Um dos estados nordestinos, o Maranhão, agora contabiliza 1.028 óbitos e desta forma se torna o sétimo estado brasileiro a passar das 1 mil mortes causadas pela doença.
Os dados chegam no momento em que muitos Estados e municípios discutem e implementam medidas de flexibilização da quarentena. De acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins os números globais da covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, diferentemente de outros países europeus e asiáticos em processo de flexibilização, cujos dados parecem indicar, uma estabilização no número de casos.
Um grupo de cientistas de universidades de São Paulo estima que as cidades brasileiras que reduziram o distanciamento social nesta semana podem ter um aumento de 150% no número de infectados e mortos pelo novo coronavírus em dez dias.
Análises feitas pelo grupo mostram que a curva de crescimento do Brasil é a que mais acelera no mundo e a única que a partir do 50° dia após o surgimento de casos a manter essa tendência. Em quase todos os estados o crescimento da covid-19 continua a acelerar.
Fonte: Vermelho
Foto: ABr