“Ser negro no Brasil é nascer condenado! A nossa inteligência nunca é desassociada da cor da nossa pele”, revela Edilma Barros

“Ser negro no Brasil é nascer condenado! A nossa inteligência nunca é desassociada da cor da nossa pele”, revela Edilma Barros

Mesmo com formação extensa, o que se apresenta antes é a cor da pele, a Mulher Negra chega antes da Administradora, Advogada, Presidente do Conselho Estadual da Igualdade Racial (Cepir) do Tocantins da Seciju e coordenadora e Vice-Presidente da 1ª Comissão da Igualdade Racial OAB Tocantins, Edilma Barros da Silva, que nesta matéria em celebração ao Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, 25, revela suas cicatrizes provocadas pelo racismo velado ou escancarado da sociedade.

“Ser negro no Brasil é nascer condenado! A nossa inteligência nunca é desassociada da cor da nossa pele. Pela cor da minha pele, em primeiro momento eu não sou tratada como advogada e sim como a ré, isso é doloroso e faz parte do nosso dia a dia. Diante disso, sempre precisamos ensinar, fazendo com que compreendam que tomamos os espaço, e que nós, os negros, por meio do aquilombamento vamos tomar mais espaços que são nossos por direito. Foram muitos anos de lutas e temos noção de que ainda serão muitos outros pela frente”, lamentou Edilma.

O dia

O Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha rememora o encontro de mulheres no dia 25 de julho em 1992 na República Dominicana que se transformou na luta mundial de todo dia, em todo lugar, em nome de todas as mulheres negras, latinas-americanas e caribenhas por uma sociedade mais justa e inclusiva, dando lugar à visibilidade e luta das mulheres negras contra todo tipo de opressão de gênero. Já no Brasil, a pauta reverberou em 2014 pela Lei nº 12.987, que representa também o dia da mulher negra e da líder quilombola, Tereza de Benguela, símbolo da resistência contra a escravização.

Redação