Setembro Verde desperta população para a importância da doação de órgãos

Setembro Verde desperta população para a importância da doação de órgãos

Foto: André Araújo

Por Aldenes Lima/Governo do Tocantins

Um ato voluntário que pode salvar vidas e transformar a dor em recomeço. Assim é a doação de órgãos, tema debatido pelo Setembro Verde, como forma de conscientização da população sobre este ato tão importante. O Tocantins conta com a Central Estadual de Transplante do Tocantins (CETTO), a qual realiza a coleta de córneas e múltiplos órgãos. Além das coletas, o Estado disponibiliza o implante de córneas.

“O transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação e para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos”, explicou a coordenadora da CETTO, Suziane Crateús.

Desde 2016, já foram realizados 189 transplantes de córnea no Estado do Tocantins e de 2018 – quando o serviço de coletas foi implantado – até 2021, houve 19 doações de múltiplos órgãos, que resultaram na coleta de 24 rins, 14 fígados, 05 corações e 01 pâncreas.

Após perder o filho, com 16 anos, em um acidente automobilístico, em agosto de 2020, o caminhoneiro, José Gomes de Souza, morador de Lajeado, autorizou a doação do coração, fígado, rins e córneas do paciente. “Ele era só um adolescente e não era doador declarado, mas naquele momento, que poderíamos ajudar outras famílias a não passar pela dor que estávamos sentindo. Nada nos faz superar a dor que sentimos até hoje, mas poder dar esperança a seis pessoas que esperavam um transplante, ameniza nosso pesar”, explicou.

Serviços

O Tocantins realiza somente transplante de córnea, porém faz captação de múltiplos órgãos. Dados da CETTO apontam que atualmente há 103 pacientes em lista aguardando transplante de córnea. Os pacientes que aguardam de transplante de outros órgãos como fígado, rim, e coração, são encaminhados a outros estados por intermédio da Central.

Fábio Coêlho