Uma semana após declarar lotação total de UTIs, Araguaína reabre bares e restaurantes e inicia retorno gradual das aulas

Uma semana após declarar lotação total de UTIs, Araguaína reabre bares e restaurantes e inicia retorno gradual das aulas

Foto: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Araguaína iniciou nessa segunda-feira, 13, o retorno gradual das aulas, com início para os 495 alunos das 13 escolas da zona rural da cidade. Nas redes sociais, muitas pessoas criticaram a ação, pois, conforme a maioria dos comentários, “estariam expondo as crianças da zona rural a um risco desnecessário”.

Também na segunda-feira, 13, a gestão municipal liberou por meio de decreto publicado do Diário Oficial do Município, a abertura de bares, restaurantes, food trucks, trailers, açaiterias, pizzarias, sanduicherias e similares, sendo vedada a modalidade self-service.

Algumas regras deverão ser seguidas, como mesas com capacidade limitada a 6 (seis) lugares, com afastamento mínimo entre elas, medido de cadeira a cadeira, de 2 (dois) metros. Os estabelecimentos precisarão providenciar a fixação placa determinando a capacidade máxima do estabelecimento, não superior a 100 (cem) clientes ao mesmo tempo.

A prefeitura estabeleceu também, que creches, escolas, faculdades, universidades e as demais instituições de ensino privadas, têm autonomia para decidir sobre o retorno das atividades escolares.

O retorno das aulas e a aberturas desses estabelecimentos comerciais acontecem apenas uma semana depois da Secretaria Municipal de Saúde da cidade ter anunciado o esgotamento total das vagas dos leitos das UTIs – Unidades de Terapia Intensiva de Araguaína para tratamento de pacientes graves da Covid-19.

Araguaína hoje, é o epicentro do coronavírus do Tocantins. De 15,723 casos confirmados de Covid-19 no Tocantins, 5,077 foram em Araguaína, seguida da capital Palmas, com 3,058 casos. Araguaína registrou 74 dos 267 óbitos desde o início da pandemia.

No norte do Tocantins, a cidade é referência no tratamento do coronavírus e recebe pacientes graves das cidades do Bico do Papagaio e de estados vizinhos, contribuindo assim, para a sobrecarga de todos os leitos disponíveis.

Ainda na segunda, 13, o MPE – Ministério Público Estadual entrou com um pedido de tutela provisória de urgência, contra o Estado do Tocantins por não oferecer vagas em leitos de UTI a sete pacientes internados no Hospital Regional de Araguaína (HRA). 

O MPE requer que o Estado seja obrigado a adotar medidas para transferência imediata dos pacientes para unidades hospitalares com leitos de UTIs disponíveis. Isso requer um compromisso de contratar 10 leitos clínicos e 10 leitos de UTI que estão com instalação planejada.

Redação