Lula, no Maranhão: “Quem vai salvar o Brasil é o povo trabalhador”

Lula, no Maranhão: “Quem vai salvar o Brasil é o povo trabalhador”

Foto: Ricardo Stuckert

Em clima de confraternização, o ex-presidente Lula encerrou visita ao Maranhão nesta sexta-feira, 20. Ao lado do governador Flávio Dino, da presidenta Nacional do PT Gleisi Hoffmann e de lideranças de movimentos sociais, Lula falou sobre a conjuntura política nacional e os desafios do campo progressista diante do desmonte do estado brasileiro promovido por Jair Bolsonaro.

“É muito importante que a gente comece a fazer uma reflexão sobre o que está acontecendo no país, no passado recente e agora”, disse Lula. “Nunca imaginei que depois dos avanços da Constituição de 88 a gente voltasse a uma situação de anomalia democrática como essa”, apontou o ex-presidente, em referência direta ao governo golpista de Bolsonaro. “O Brasil nunca precisou tanto da esquerda governando como agora”, refletiu.

Lula lamentou a catástrofe econômica e social promovida por Bolsonaro. “19 milhões de pessoas estão passando fome, 34 milhões estão em estado de insegurança alimentar”, relatou o presidente, pontuando que o atual quadro nacional “não pode ser normal”.

“Temos um governo que não usa palavras como crescimento econômico, distribuição de renda, agricultura familiar”, apontou Lula. Ele destacou que as políticas públicas devem incluir o povo no orçamento para o país promover desenvolvimento. E citou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),  responsável por uma revolução social no campo.

“Era o PAA que garantia que o trabalhador produzisse. Acabou. Foi por água abaixo em nome de que? Por qual razão? Por que querem vender a Eletrobras, privatizar os correios? Em nome de que? País que não tem bancos, empresas públicas, não tem soberania. E um país sem soberania é um pais à deriva, governado por um genocida que não tem respeito por 600 mil vidas perdidas”, observou.

“O aumento da gasolina é resultado da falta de soberania”, opinou. Para Lula, regular o preço do combustível pelo mercado internacional é uma insanidade, uma vez que o Brasil é autossuficiente na produção petróleo. “Não importamos gasolina porque precisamos, mas porque o governo é fraco”, disse o ex-presidente.

Redação