Uma luta a cada dia é o lema do Quilombo Dona Juscelina de Muricilândia

Uma luta a cada dia é o lema do Quilombo Dona Juscelina de Muricilândia

Várias atividades em alusão ao Dia da Consciência Negra são realizadas até este domingo, 20.

Por Maria do Carmo Ribeiro

O lema, uma luta a cada dia, sempre foi defendido por Juscelina Gomes dos Santos, matriarca do Quilombo Dona Juscelina da cidade de Muricilândia. E no mesmo foco seguem as gerações para desenvolverem atividades em alusão ao Dia da Consciência Negra.

De acordo com o presidente do Quilombo, o professor Manuel Filho Borges, “o Quilombo Dona Juscelina tem a responsabilidade de a cada dia continuar lutando contra o preconceito, contra a discriminação, contra a violência, contra tudo aquilo que empurra a dignidade humana e do povo quilombola que tentam destruir mas que ela resiste lutando, se apresentando, levando a sua fala, sua cultura, denunciando, reivindicando todas as condições que subjulgam a capacidade do povo quilombola”.

Durante todo mês de novembro as equipes escolares vêm realizando atividades inerentes à temática na perspectiva de chamar a atenção da população para o debate sobre os direitos do povo negro.

A Escola Estadual de Muricilândia realizou debates voltados ao projeto ‘Minha cor, minha identidade’ no sentido de que ‘A diferença nos enriquece e o respeito nos engrandece’ que teve a presença do presidente e dos Griôs do Quilombo.

O Colégio Estadual Marechal Costa e Silva fez a culminância do projeto ‘Negritude’ que desde 2006 vem sendo desenvolvido na comunidade e tem a participação direta de toda equipe escolar.

Na 16ª edição do projeto teve a participação especial da Caravana livre de racismo. Todos pela igualdade, que na pessoa da jornalista Maju Cotrim tem levado uma fala esclarecedora sobre antirracismo. Segundo ela, “é necessário chamar toda sociedade ao debate para que juntos possam entender a importância do combate ao racismo, porque a atitude racista dói, maltrata, destrói e mata e não podemos deixar que isso continue acontecendo como se não fosse sério”, defendeu.

Luta constante

É fato que para a comunidade o Dia da Consciência Negra não se deve limitar apenas ao momento das atividades, mas a todos os dias que são de luta, de resistência a tudo o que visa rebaixar os direitos de todas as pessoas, em especial ao povo negro. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de 2018, a população negra que se autodeclarou negra foi 56% e quase 10% foi no Tocantins. O Dia da Consciência Negra provoca a sociedade debater sobre os direitos do povo negro começando pela comunidade do Quilombo que segue na constante luta de direitos.

Redação